9.8.11

What's a king to a god? What's a god to a non-believer?

Entendo bostas de hip hop/rap. Bostas. Se ainda fosse Rap Brasil, vai-se lá, porque taí uma fita K7 que marcou a vida, marcou o coração. Mas com o tempo comecei a curtir alguns artistas do ramo, principalmente Jay-Z e Kanye West. Um sapeca neném na Beyoncé e isso já é suficiente. O outro...bem, o outro fala demais, tem ego demais, faz merda demais, é babaca demais, é vulnerável demais, é odiado demais e como não amar uma pessoa assim? Talvez por ser um fdp insuportável, a maioria não faça questão de olhar atentamente o seu trabalho. E eis uma grande injustiça. "My Beautiful Dark Twisted Fantasy" é um dos álbuns mais sensacionais que já ouvi na minha vida e não, não é exagero.

Pois bem, o fato é que os dois resolveram lançar um álbum e dessa melanina cheirando a paixão em forma de parceria surgiu o "Watch The Throne".


No bom inglês malandro, this shit is dope. Jay-Z comanda grande parte das 18 faixas marcadas pelo contrastes entre letras que ora enaltecem as extravagâncias de um mundo cheio de regalias óbvias ao mesmo tempo que inoportunas ("So many watches I need eight arms"), ora apontam as inseguranças e preconceitos que ainda permeiam a sociedade ("Marilyn Monroe, she’s quite nice/But why all the pretty icons always all-white?")

É interessante observar como os dois se complementam musicalmente ao mesclar estilos e transformam o que tinha tudo para ser uma briga de egos em um consistente álbum que supera expectativas. Com tamanha determinação e empenho, arrisco dizer que "Watch The Throne" tem tudo para se tornar um clássico.

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